slide-slick

Recebido: Sis Comunicação (Autora Cláudia Alexandre)

em sexta-feira, 26 de março de 2021


 
Olá, pessoal!  Recebi esse livro da Sis Comunicação, através da Silvana e da Cristiane.  Quem fez o envio foi a autora Claudia Alexandre. O preconceito contra as religiões de matrizes africanas é assunto recorrente no noticiário, apesar dessas tradições fazerem parte do Carnaval, ilustrando enredos e mostrando a Cultura, nessa que é uma das maiores manifestações populares do Brasil. Como explicar essa incoerência no cotidiano? Em que momento encerra a admiração das origens e começa a discriminação?(texto de divulgação)

 


Orixás no Terreiro Sagrado do Samba - Exu & Ogum no Candomblé da Vai-Vai
Autora : Claudia Alexandre
Griot Editora
Edição : 1ª (2021)
Páginas : 208
ISBN : 978-65-87708-05-8
Dimensões : 15,6 x 22,8cm
 


Neste livro, a jornalista Claudia Alexandre, a partir de um olhar “desfragmentado” e “devidamente autorizada”, apresenta o resultado de sua pesquisa sobre duas manifestações culturais que dialogam entre si e que ajudaram a formar o que hoje entendemos como nossa identidade nacional: o samba e as religiões de matrizes afro-brasileiras. Para tanto, a autora adentrou a encruzilhada da Vai-Vai – um território negro paulistano onde reinam Exu, o orixá mensageiro, e Ogum, o guerreiro – e encontrou um terreiro que as televisões são incapazes de registrar! A presença do povo preto em seu dia a dia, desde a fundação da escola; o pavilhão preto e branco, com ramos de café e uma coroa de rei; o surdo de primeira, uma divindade que dá o ritmo na avenida; o toque para os orixás e as procissões que embalam as ruas do bairro; os altares para os santos das macumbas; o pai de santo e o quarto de Exu e Ogum. Nesse terreiro, nada está separado e não existe a dicotomia “sagrado x profano”, mas uma forte conexão com os valores ancestrais. A partir desta obra – fruto da dissertação de mestrado em Ciência das Religiões da autora – o leitor perceberá o quanto as histórias dessas duas expressões culturais estão potentemente ligadas, uma vez que o carnaval negro não pode ser concebido sem a presença dos cultos ancestrais. Ainda que, ao longo do tempo, tenha ocorrido uma tentativa de apagamento de sua origem e, principalmente, da presença do negro e de suas religiões na indústria cultural e na história do samba e das escolas de samba, Claudia busca resgatar uma forma ancestral de perceber o mundo e religar esses universos ao ambiente acadêmico, revisitando acervos das experiências negro-africanas em diáspora e buscando caminhos para (re)escrever a História do Brasil. Aqui, a africanidade se (re)compõe para continuar desafiando as narrativas que insistem em colocar samba de um lado e orixás de outro. Sambando a gente reza; rezando a gente samba!

 O livro está disponível para venda pela Editora Aruanda e em outras lojas virtuais.


 

 

Espero que tenham gostado.   Em breve teremos resenha.

Um comentário:

Obrigado pela visita. Deixe sua mensagem, é muito bom saber sua opinião.

Topo