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Encontro com autores coreanos na Bienal do Livro do Rio

em sexta-feira, 13 de setembro de 2019


Durante a XIX Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro tive o prazer de participar do evento exclusivo organizado pela Oasys Cultural, que reuniu três autores coreanos e a bestseller Marina Carvalho, autora do livro Um dorama para chamar de meu, publicado pela Astral Cultural.
 
Kim Ki-taek, autor do livro de poesias Chiclete (7Letras), Kang Byoung Yoong, autor do romance Pepino de alumínio (Topbooks) e Park Min-gyu, ficcionista ainda inédito em nosso país, vieram para promover suas obras e celebrar os 60 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Coréia do Sul.

Nesse bate-papo tivemos a oportunidade de conhecer um pouco sobre os autores e suas obras, e passamos momentos muito agradáveis.  Eles falaram sobre o processo da escrita e o que move cada um deles no campo literário.  Marina Carvalho nos contou como surgiu a ideia de escrever Um dorama para chamar de meu, que já é um grande sucesso de vendas.


Quem são os escritores coreanos


Kang Byoung Yoong


Kang Byoung Yoong nasceu em 1975 em Seul, Coreia do Sul. Em 2000, graduou-se em Literatura Inglesa e Criação Literária pela Universidade Myeong-ji. Fez mestrado (2002) e doutorado (2005) em Criação Literária pela mesma universidade coreana, e em 2010, se tornou doutor em Literatura Russa pela Universidade Nacional de Moscou. Desde 2013 é professor de literatura coreana na Faculdade de Estudos Asiáticos da Universidade de Liubliana, Eslovênia.

Publicou, entre outros, os romances Novita, História de um homem imaginário, Documentário vulgar sobre a castração do Sr. Y, Beijo e banana, Dedos que coçam e Pepino de alumínio, este último lançado no Brasil pela Topbooks. Também tem editados os ensaios Liubliana: a cidade parecida com minha esposa, Te amo demasiadamente e As frases que andam pela cidade, além de um estudo sobre o uso do pronome ‘Nós’ em Evgeny Jamatyn. Em 2014, foi escolhido pela Comissão de Cultura e Arte da Coreia do Sul para participar de um programa de residência no exterior, o que lhe deu a oportunidade de morar e trabalhar sua escrita na Inglaterra e na Rússia.

Sinopse

No dia 15 de agosto de 1990, no exato momento em que um acidente de carro numa estrada de riga, na letônia, matava viktor tsoi, líder da banda de rock kino, nascia na coreia do sul um menino, choi vitório, cuja vida viria a se entrelaçar à do roqueiro – um descendente de coreanos que morreu sem realizar o sonho de conhecer a terra de seus ancestrais. Assim, misturando realidade (viktor) e ficção (vitório), o autor montou um enredo envolvente, capaz de fazer rir e emocionar. Ele usa a estrutura de uma fita cassete – com lado a e lado b, além de faixas ocultas – para contar como um garoto tímido e problemático, que não fala direito e é espancado por colegas de escola, encontra redenção após conhecer a música do roqueiro russo, até hoje um ídolo no panorama musical por conta da morte precoce, aos 28 anos. Além das letras de canções da banda kino, cujos títulos nomeiam os capítulos, o livro traz entrevista de kang byoung yoong (1975, seul) e a cronologia de vida do músico, que agora ganhou os cinemas do mundo: o cineasta kirill serebrennikov acaba de lançar verão (2018), sobre viktor tsoi (1962-90) e seu amigo mike naumenko (1955-91), também personagem deste romance.


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Kim Ki-taek

Kim Ki-taek nasceu em 1957, na cidade de Anyang, e se formou em Literatura Inglesa na Universidade Jung-Ang, com pós-graduação em Literatura Coreana (Letras) pela Universidade Kyung-Hee. Estreou como poeta em 1989 no Concurso Literário Sinchun, do Diário Hankuk. Publicou vários livros de poesia, entre eles O sono do feto, A tempestade no olho da agulha, O secretário, A vaca (Cow), Chiclete, Vai rachar, vai rachar, Para onde foi o cão, deixando só o latido?

Tem obras traduzidas em espanhol (El chicle), em japonês (A tempestade no olho da agulha), e em português (Chiclete, Editora 7Letras). Ganhou o Prêmio Literário Kim Suyeong, o Prêmio de Literatura Moderna, o Prêmio Literário Yisu, o Prêmio Literário Midang, o Prêmio Literário Jihun, o Prêmio Poético Sang-hwa e o Prêmio Literário Pyeon-wun, entre outros. Atualmente é professor da Cyber Universidade Kyung-Hee. 

Sinopse:

Traduzido diretamente do idioma original, Chiclete é o segundo livro de poesia coreana publicado pela 7Letras. Esta obra de Kim Ki-taek se destaca tanto pela originalidade do autor, quanto pela novidade de aproximar o leitor brasileiro de uma cultura vista como distante. Na realidade, por abordar temas essencialmente urbanos, Chiclete pode ser compreendido por qualquer dito ‘cidadão do mundo’. Sem inibição, a poesia de Ki-taek expõe incômodos, ideias fixas e cenas do cotidiano urbano, atraindo e enredando o leitor em seu estilo único – flexível e aderente tal qual um chiclete.


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Park Min-gyu

Park Min-gyu nasceu em Ulsan, pequena cidade na região sudeste da Coreia do Sul, em 1968. É bacharel pela Universidade Jung-Ang. Seu primeiro romance, A lenda dos super-heróis do mundo, lhe rendeu em 2003 o Prêmio Munhak Dongne de autor estreante; no mesmo ano, ganhou o Prêmio Literário Hankyoreh pelo livro O último fã-clube da Sammi Superstars. Recebeu, ainda, os importantes Prêmios Literários Yi Hyoseok (2007), Hwang Sunwon (2009) e Yi Sang (2010).

Seus contos são frequentemente caracterizados por um senso de humor penetrante mas não transbordante, e têm por cenário o mundo capitalizado, num contexto global, em que os seres humanos são menos importantes que as mercadorias postas à venda. Os personagens são descritos como aqueles que lutam contra as dificuldades financeiras, sem um futuro promissor. Um deles, O mundo do Guaxinim, foi incluído na coletânea de obras do Prêmio Literário Yi Sang de 2005, e outro, intitulado Um cochilo, foi adaptado para o teatro em 2010. É autor também dos romances Ping-Pong (2006), Pavana para a princesa morta (2009) e A porta da manhã (2010).

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Marina Carvalho

Marina Carvalho nasceu em Ponte Nova, Minas Gerais, conhecida como a terra da goiabada. Adora queijo, rock progressivo, pudim de leite condensado, café com pouco açúcar e filmes com finais felizes. Ama ler, seja um bom livro policial, um chick-lit despretensioso ou o jornal do dia. Quando criança lia as revistinhas da Turma da Mônica, incentivada pela mãe, e ficava esperando ansiosamente pela chegada delas todos os meses. Formou-se em Jornalismo pela PUC-Minas e exerceu o cargo de assessora de comunicação de uma empresa por sete anos. Hoje é professora de língua portuguesa e literatura na Escola Nossa Senhora Auxiliadora. Mora em sua cidade natal com o marido e os dois filhos.

Sinopse

Mariana Pena orgulha-se de seu trabalho como assessora de comunicação. É tão dedicada que foi transferida para a sede da agência, a Comunicarte, em São Paulo, onde acaba recebendo maior reconhecimento profissional. Não poupa esforços para realizar suas tarefas com competência e dedicação, característica adquirida durante os anos em que treinou boxe com o pai, com quem aprendeu a ter disciplina e muita força de vontade. Não é qualquer pancada da vida que a derruba. Nem mesmo a nova missão à que foi designada: assessorar o fotógrafo sul-coreano, radicado no Brasil desde a infância, autor de coletâneas de fotografias que registram o ser humano inserido em suas rotinas, durante a turnê do último lançamento, Retratos. Além de talentoso, Joaquim Matos – ou Yoo Hwa-In – é uma personalidade bastante reconhecida por seu trabalho artístico. Um tanto introspectivo e cheio de mistério no que diz respeito a sua cultura, a missão de Mariana acaba se apresentando mais trabalhosa do que ela imaginava. E tudo complica mais um pouco quando, de repente, mensagens anônimas surgem, destinadas ao fotógrafo, todas com ameaças explícitas à vida dele. No começo Joaquim e Mariana acreditam que se trata de algum hater, do tipo que late sem morder. Porém, à medida que as abordagens vão se tornando mais concretas, surgem novas hipóteses e uma possibilidade vinda do pass
ado, lá da Coreia do Sul ainda. Em meio a eventos literários, autógrafos, estadias em inúmeros hotéis, voos cancelados, coquetéis, discussões, nasce um vínculo entre artista e assessora que vai evoluindo para uma relação cada vez mais forte e intensa, incontrolável até. Mariana usa suas habilidades esportivas para garantir a segurança de Joaquim, mesmo que viva se colocando em risco por isso. Nessa história ainda há espaço para referências culturais coreanas, amizades fiéis, uma família para lá de eclética e um romance de tirar o fôlego.


Confiram algumas fotos do encontro




https://www.youtube.com/channel/UCBoEPNh2Q97kT2N0-SbvYkwhttps://www.instagram.com/oasyscultural/https://www.facebook.com/oasyscultural/


20 comentários:

  1. Olá, Evandro.
    Eu sou fã incondicional da Marina Carvalho e achei muito curioso saber que a Bienal dedicou um espaço para receber escritores coreanos. A cultura coreana vem ganhando o mundo e tem milhares de fãs no Brasil! Muito bacana da parta da organização investir nisso!
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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    1. Oi, Camila. Esse ano o país homenageado foi o Japão, mas também tinha muito da cultura coreana por lá. Tinha muito K-pop.

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  2. Olá Evandro..
    Adoro a Coreia do Sul. Vejo doramas direito, aliás todos os dias e amo. Adorei saber que os autores coreanos estavam na bienal do livro no Brasil. Acho que Brasil e Coreia do Sul tem muito que dar e aprender com cada um. Amei o post. Minha cara. Bjs e sucesso

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    1. Karina, os doramas tem feito muito sucesso por aqui. Que legal você curtir.

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  3. Que maravilhoso esse encontro com escritores coreanos, muito bom poder conhecer um pouco dos escritores, a bienal foi incrível, gostei muito post, das fotos abraços.

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    1. Oi, Lucimar. Foi incrível conhecer um pouco da cultura deles com o bate-papo com os autores.

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  4. Muito me agrada saber que aqui encontro tanta informação relevante sobre convidados especiais da Bienal do livro, já que por motivos pessoais não pude ir. Evandro gostei demais de conhecer um pouco das obras de cada autor coreano, e inclusive sobre a maravilhosa Marina Carvalho.
    Abraço

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    1. Foi um momento super legal esse encontro. Agradeço muito à Oasys Cultural pelo convite, e também o carinho que a Valéria Martins me recebeu.

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  5. Meu amigo querido amo vir aqui fico sabendo de muitas coisas, gostei de sobre a Bienal do livro, pena não pude ir, mas gostei de conhecer um pouco de cada autor coreano, obrigado, beijinhosssss

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    1. Oi, Rubia. A Bienal estava maravilhosa, pena que não pôde ir desta vez.

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  6. Olá, querido amigo!!
    A Bienal foi um verdadeiro sucesso aqui no Rio e esse encontro de autores que você mostrou deve ter sido muito proveitoso para ambos os lados.Saber um pouco sobre uma outra outra cultura é muito bom,pois conhecimento é tudo na vida. Parabéns pelo post.Bjss!!

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    1. Magda, foi um bate-papo maravilhoso, até porque cada um podia fazer perguntas e matar a curiosidade com uma cultura bem diferente. Eles eram ótimos e divertidos. Gostei demais.

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  7. Que legal a Bienal ter esse tipo de encontro, quero muito conhecer a Bienal, tenho curiosidade de saber como é.

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    1. Sempre acontecem muitos encontros e nos dá a oportunidade de conhecer nossos autores preferidos e também autores que ainda não conhecíamos.

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  8. Caramba que legal.. Imagino mesmo que tenha sido um dia muito especial para você.
    Eu nunca li nenhum autor coreano mas tenho vontade, as histórias parecem muito boas.

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    1. Eu também não havia tido contato com nenhum autor coreano. Achei incrível essa oportunidade.

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  9. Olá , tenho muita vontade de participar da bienal do livro, não sabia da grandiosidade desse evento. Super interessante ter esse espaço para escritores coreanos.

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    1. A bienal é um evento literário que abrange todos os públicos. Dentro do mercado literário é o maior por aqui.

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  10. Olá,

    Deve ter sido um evento lindo, que proporcionou vários momentos maravilhosos para todos. Ainda não conhecia nenhum desses livros e nem os seus autores, mas fiquei animada com a premissa das obras, pois tenho certeza que iria gostar e muito. Quero muito ler essa obra da Marina, visto que a premissa me conquistou desde a primeira vez que vi. Adorei o post, arrasou demais!

    Beijos!

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    1. Que bom que gostou, Alice. A Marina é uma simpatia, muito atenciosa com os fãs.

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