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Resenha: O Fim de todos nós

em sábado, 13 de fevereiro de 2016


Seria uma história como muitas outras que já vi, se não fosse a narração feita por uma adolescente de 16 anos que vive numa ilha.  Esse é o diferencial de O fim de todos nós, o segundo romance de Megan Crewe.   Kaelyn escreve em seu diário seus medos, anseios, e principalmente sobre a nova Kaelyn que ela deseja ser.  A princípio, seu mundo gira em torno de Léo, o melhor amigo, por quem cultiva um amor em segredo.   
O fato de Kae ter passado um tempo morando em Toronto, aliado a uma pequena discussão entre eles, aumenta ainda mais a distância entre os dois.  E isso a magoou muito.  Queria que ele dissesse que ela era perfeita do jeito dela.
Mas Kaelyn voltou de Toronto... e tem planos pra ser uma nova pessoa, mais segura e sem medos.  Precisa de novos amigos, quer se sentir mais entrosada e menos isolada.  Durante tanto tempo sentiu vergonha de se desculpar, mas agora precisa enfrentar tudo isso.
Porém, Léo agora tem uma namorada e está partindo pra estudar fora e ela nem mesmo consegue se despedir, afinal há dois anos eles não se falavam e nada estava sendo muito fácil.  O leitor acompanha todos os acontecimentos a partir do olhar de Kaelyn, nas páginas de seu diário.
Kae vive com o irmão Drew e os pais.  O pai resolveu retornar à ilha depois de um aborrecimento na cidade grande.  Mas eis que um vírus misterioso ataca a ilha e começa a matar seus habitantes, causando uma verdadeira epidemia.  Tudo começa com uma tosse insistente, espirros e uma coceira que nunca passa.  Em seguida uma febre alta ataca o cérebro tirando a inibição e fazendo com que os doentes falem coisas sem se preocupar com o convívio social, não tendo qualquer tipo de inibições, e por fim causa ataques de pânico.
Aos poucos, a ilha é isolada do continente pelos governantes de lá, que ao instaurar uma quarentena, não são claros nos verdadeiros objetivos.  O apoio prometido com entrega de alimentos e medicamentos vão se tornando escassos, e o embate com os militares é inevitável.   O caos com o corte da energia, internet e telefone os separa de vez do continente. Eles estão isolados. 
Um grupo de cientistas, médicos e pesquisadores, incluindo o pai de Kae, tentam descobrir o que está acontecendo e buscam uma possível cura.  A doença rapidamente se espalha, disseminando também o terror e o desespero entre habitantes que, aos poucos, vão perdendo amigos e familiares.
Com a formação de gangs, começa a briga por comida e remédios, e a situação só parece piorar.
Mas a esperança renasce, seis pessoas que sobreviveram parecem ser a chave para a cura definitiva.  O que eles teriam em comum?  Por quê a grande maioria morre e poucos conseguiram sobreviver?
Heróis e mocinhos, vilões e bandidos.  Pessoas que antes não se falavam se tornam próximas em um mundo onde se acostuma com a morte.  E Kaelyn precisa amadurecer para sobreviver...
O livro não surpreende em nenhum momento (ou quase), mas somos levados por torcer pra tudo dar certo pra personagem principal.  Talvez o encanto esteja aí, ela parece frágil e vai crescendo e se descobrindo entre tantas desordens e tragédias.  Realmente é difícil imaginar estar num beco sem saída, perdendo todos que amamos e sem solução aparente.  A autora descreve os acontecimentos, evitando chocar os leitores, de certa forma amenizando o terror e evitando dramas (eu gosto de dramas!).
Eu não gostei do final, acho que merecia mais!    Massss esperaaaa!!!  Mais tarde, pesquisando na net, descobri que o livro é simplesmente o primeiro volume da trilogia Fallen World, sendo que os outros livros da série ainda não foram lançados no Brasil.   Deveriam ter informado isso na capa ou contra-capa.   Conforme informação no site da autora Megan Crewe, eles estarão disponíveis por aqui.  Basta torcer pra realmente acontecer.

Intrinseca“Não sou uma daquelas pessoas que brilham, cuja luz vai fazer falta no instante em que se apagar. Nunca fui. Papai cuidava do hospital, Gav distribui comida para a cidade inteira e Tessa vai desenvolver mudas melhores para todo o mundo. E eu, o que fiz?”

O Fim de Todos Nós
Autora: Megan Crewe
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Páginas: 272

(por Evandro de Oliveira)

6 comentários:

  1. Oi Evandro, seu blog é mto interessante! Eu estou com esse livro desde a Bienal e depois que li sua resenha, ele ainda vai ficar na pilha de livros a ser lidos um dia. rs bjs
    Vou linkar seu blog na minha lista de blogs que visito... Assim fico por dentro das novidades :)
    http://mundoliterando.blogspot.com.br/

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    1. Pois é, Márcia. São 4 livros ao todo, a trilogia e mais um que retorna pra contar fatos de alguns personagens. Entrei em contato com a editora Intrínseca, mas, infelizmente, não tem previsão de lançamento por aqui. Isso, desanima um pouco né rsrsr Quero ler tudo de uma vez kkkk Não sei esperar!!! Obrigado pelo comentário e, com certeza, também estarei acompanhando sempre seu blog e pegando muitas dicas por lá. bjao

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  2. Olha, não sou mesmo de ler, mas esse é o segundo livro que vi aqui que eu to pensando em procurar pra ler. Hehe.

    http://quedeunatelha.blogspot.com

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    1. E eu já estou doido para ler os outros. rsrs Pena que não saíram no Brasil.

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  3. Oi Evandro! Tinha lido algumas resenhas nada animadoras sobre este livro, mas com essa informação de que é uma trilogia vou colocar ele na fila de espera, saber como serão os outros. Parabéns pela resenha!

    http://madminds.weebly.com

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  4. Olá, Evandro.
    No começo da resenha, achei que seria mais um livro sobre amores adolescentes, mas no decorrer do texto deu para perceber que vai além disso. Então, é um livro que eu leria sim.
    Abraços.

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