Swami Diniz - entre a vida e a poesia

Junto com o blog, surgiu a oportunidade de conhecer dezenas de novos autores e poetas dos quatro cantos do Brasil, na verdade alguns até fora dele.  Porém, hoje, quero falar de alguém bem mais próximo, uma pessoa muito especial e talentosa que mora na mesma rua que eu.  É uma pessoa admirável pela força e forma com a qual se reinventou.   Seu lado elétrico, agitado e criativo dá espaço a um mundo particular, muitas vezes solitário, no qual explora suas histórias e poesias.  Seus trabalhos misturam fantasia, sensualidade, erotismo e muito mais.

Swami Diniz não tem nenhum livro lançado, mas material e talento  ela tem de sobra.  Por achar que a história dessa mulher pode servir de exemplo para muitas pessoas, resolvi mostrar um pouquinho dela no AtraenteMente. 

Sou casada, tenho 3 filhos e um neto, mas nunca deixei a poesia morrer em mim.

Ela nasceu em 1963 em Paracambi, Rio de Janeiro, mas já há muitos anos mora em Barra Mansa, interior do mesmo estado.  Essa libriana é filha de Juracy, uma dona de casa amorosa e Ribamar, nordestino, autodidata, também escritor; ambos já em outro plano de existência.  São eles os responsáveis pela grande mulher que ela se tornou.

Cresceu em meio a livros e poemas escritos pelo pai.  O primeiro livro que leu e foi de Catulo da Paixão Cearense, isso  aos 10 anos, e ela logo se apaixonou.

Swami, mais conhecida por Sui, tem dezoito contos escritos, algumas histórias e diversas poesias.

 Me descobri capaz de escrever depois de 20 anos.

Depois que os filhos cresceram ela resolveu terminar os estudos. Completou o ensino médio e fez o curso técnico em Segurança do Trabalho e também o de Enfermagem.  Atualmente trabalha na Santa Casa de Misericórdia da cidade de Barra Mansa e ama o que faz.

Nessa nova fase ela descobriu o prazer de aprender coisas novas e conhecer novas pessoas.  Redescobriu a mulher que estava sendo apagada pela rotina do dia a dia, o que transformou-se em uma grande satisfação pessoal e amor próprio.

As poesias, antes escondidas, rasgadas e, muitas vezes, queimadas para que ninguém lesse, foram tornando-se maduras e estruturadas, e gerando prazer a cada nova linha escrita.   Hoje, aos 53 anos, suas poesias já enchem os olhos e coração das pessoas que compartilham sua amizade na rede.

Acredito que com foco e persistência podemos ser quem quisermos:  uma escritora, uma enfermeira, uma fada... (risos) Basta querer e sonhar!

Swami é do tipo que adora conhecer novos amigos, portanto fiquem à vontade para adicioná-la em sua página no Facebook.   Quem desejar enviar uma mensagem, segue os contatos da nossa poetisa e um pouquinho da sua arte.  Espero que gostem tanto quanto eu.

dinizswami@hotmail.com

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Chorando Solidão

Hoje o tempo triste apresenta seu lamento,

com serenos de saudades

o vento lento carrega meu clamor de desejo até você,

mas retorna vazio...

Uma lágrima corre em minha face

e deságua em meu grito mudo de solidão!!!

(Swami Diniz)

Águas e Ninfas

Em meu mundo secreto, Elfos e Ninfas se esmeram cuidando dos detalhes mágicos do meu imaginar.

A água da cachoeira se precipita doce.   No espelho d`água, logo abaixo, ninfas de azul levitam docilmente sobre as águas tépidas num balé singular.  À minha volta luz e silêncios.
Me envolve calidamente essas águas e me deixo flutuar.   Ondinas penteiam meus cabelos, Elfos me levam a conhecer Thuata Dé Danann, com seus castelos e me servem o néctar delicioso de uma de suas três árvores sagradas, e me encanto com o som de suas flautas.
Abro os olhos, escuto o som da cachoeira, sinto a água à minha volta, novamente estou só.
Outro dia certamente os verei orbitando o meu imaginar.

Swami Diniz (18/04/2015)

Me joguei no mar negro, no vai e vem de suas águas me deixei levar longe no oceano.  No ar leve, um sutil toque de alfazema, na pele o suor farto, em gotas de mel que adoçavam a ponta da lingua com um toque de sal.  Nos olhos o calor de uma manhã de sol, nas mãos o poder de mergulhar e imaginar um pequeno instante do prazer.

(Swami Diniz)  04/04/16

Noites e Noites

A caneta ansiosa procura o papel, ávida em libertar palavras presas ao coração. 

Palavras essas que esperam a liberdade, pois estão atadas por silêncios doidos.
A liberdade está a um passo do abismo repleto de paixões mal dormidas 

e sonhos esquecidos que se pudessem encheriam um lago inteiro. 

A musica do porta joia esta no fim, uma lágrima salta e molha o manto alvo do guardanapo, 

e só, tenta ser e é, o fluido ao vento do triste olhar.

(Swami Diniz)